A relevância de uma comunicação coerente em todos os touchpoints 💡 🎯
- Helena Miranda

- 10 de abr. de 2024
- 2 min de leitura
Já muito se discorreu sobre o tema da possível confusão dos eleitores entre o ADN e a AD nas eleições legislativas do passado dia 10 de Março. No que concerne a comunicação, o que podemos concluir? 💡
Em marketing, quando nos propomos a criar uma campanha de comunicação para lançamento de um produto ou de uma marca, existem pontos dos quais sabemos que não podemos abdicar em prol do sucesso da estratégia. Um destes pontos é a coerência nos vários touchpoints com o nosso potencial cliente: a marca deve criar uma comunicação seamless omnichannel 🤝; o cliente tem de sentir que está a interagir com a mesma entidade qualquer que seja o canal (loja física aquando da receção por parte do colaborador, aquando da navegação no website, em posts de redes sociais, etc).
📢 Foi desenhada uma campanha de comunicação para a coligação Aliança Democrática, em que se optou por enfatizar a sigla “AD”, criando um logótipo para o efeito. 📢
Ao longo dos últimos meses, ouvimos repetidamente esta sigla em vários touchpoints com os eleitores, como é o caso da capa do programa eleitoral que destaca “AD”, o merchandising promocional enfatiza “AD” assim como as bandeiras em arruadas que deram destaque a “AD”, entre muitos outros.
No dia em que os eleitores foram chamados às urnas, encarando o boletim de voto, entre 18 possibilidades surgia nos primeiros lugares a sigla “ADN”. Um pouco mais abaixo, em linha com ADN, encontrávamos PPD/PSD.CDS-PP.PPM. Nas descrições, lia-se “ALTERNATIVA DEMOCRÁTICA NACIONAL” e “ALIANÇA DEMOCRÁTICA”. Eleitores mais distraídos assumem ter colocado a cruzinha que define o futuro do nosso país em “ADN”, quando o seu objetivo era declaradamente votar Aliança Democrática.
📌 No momento da verdade, a comunicação falhou. Onde estava o “AD” de que tanto ouvimos falar ao longo dos últimos meses? Onde estava o logótipo “AD” que marcou toda a campanha?
Numa leitura rápida (e, permitam-me, algo irresponsável) de alguns eleitores, pareceu que estaria em “ADN”. Com a ausência de “AD”, e existência de “ADN”, muitos eleitores inadvertidamente mudaram o seu voto.
A importância de manter uma comunicação coerente ao longo de toda a campanha (de comunicação ou eleitoral) é inestimável 💡. Seria desejável que a Aliança Democrática tivesse enfatizado desde início “Aliança Democrática”, ao invés de “AD”; ou, pelo contrário, tivesse no boletim de voto enfatizado “AD”, ao invés de “Aliança Democrática - PPD/PSD.CDS-PP.PPM”.
As marcas devem criar estratégias para serem como nós, seres humanos🤝 : comunicarem de forma coerente, audível e clara, independentemente do contexto🎯.
P.S.: Este post apenas expressa uma opinião sobre o caso com objetivo de análise de marketing e não uma opinião política ou partidária.





Comentários