Influencer marketing e brand endorsement: boa estratégia ou salto para o precipício? 💡

☠️ “Posso dizer m*rdas antissemitas, a Adidas não pode abandonar-me” - Kanye West no podcast “Drink Champs”. Influencer marketing e brand endorsement: boa estratégia ou salto para o precipício? 💡

São vários os exemplos de brand endorsement por celebridades ao longo das últimas décadas promovidos por marcas de renome.

Neste tipo de estratégias, as marcas celebram acordos com personalidades conhecidas da sociedade em geral, tornando-as embaixadoras das suas marcas. Quem não se lembra do Linic for Men do Cristiano Ronaldo ou da promoção da L’Oreal com a Eva Longoria?

Na verdade, de acordo com a Influencer Marketing Hub, mais de 80% dos marketers a nível global apresentam uma parte do seu budget dedicada a influencer marketing 🎯, tratando-se de uma das estratégias mais utilizadas não só pelas marcas globais, mas também em marcas de menor escala.

Os benefícios associados à criação de parcerias e à promoção através de influencers são já bem conhecidos:

✅Aumento de brand awareness

✅Contribuição inequívoca para o reforço do posicionamento desejado

✅ Desenvolvimento acentuado da credibilidade e confiança na marca

✅ Alcance ampliado com segmentação mais precisa

✅ Aumento de conversões

Mas, e quando corre mal?

Em 2022, Kayne West (Ye), reconhecido embaixador e parceiro da Adidas, proferiu publicamente, numa entrevista com bastante cobertura mediática, menções antissemitas e comentários considerados sexualmente ofensivos 💣. Os fãs da Adidas não perdoaram, e pressionaram a marca a tomar uma posição radical. Cinco dias após o estalar da maior polémica, a Adidas tomou a decisão de rutura da parceria com o rapper americano.

Apesar de parecer uma decisão óbvia no que toca à proteção da reputação da marca, a suspensão desta parceria representou uma quebra de 250 milhões de euros de lucros e milhares de pares de Yeezy (ténis fruto da colaboração do artista com a Adidas) convertidos em monos. ⚠️ O valor das ações da Adidas caiu 10% após o anúncio da finalização da parceria com o rapper.

Ainda assim, a imagem da marca foi afetada muito negativamente, já que comportamentos idênticos por parte do cantor se repetiam há semanas, e os fãs da Adidas castigaram a demora na tomada de decisão definitiva quanto à suspensão desta parceria milionária.

Recorrer a influencers para promoção de uma marca ou produto continua a fazer parte de inúmeras estratégias de marketing (e bem!), até porque, segundo a Hubspot, 31% dos utilizadores de redes sociais afirmam descobrir novos produtos através de influencers 💡.

Mas, no momento da tomada de decisão, devemos ser extremamente criteriosos: escolher uma personalidade que partilhe dos valores da nossa marca é crucial. 👆

Fazer uma análise aprofundada sobre os benefícios vs. riscos dessa mesma exposição é também muitíssimo importante, tendo em mente que, enquanto marca, teremos sempre um controlo limitado sobre o conteúdo gerado pelos parceiros 🔴.

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